Câmbio automático, compensa ou não ter?

Dependendo do conserto, custos podem variar de R$ 4 mil a R$ 30 mil.
Atenção à troca de óleo: leia e siga o manual e procure especialistas.



Definitivamente, o brasileiro pegou gosto pelo câmbio automático, e não é para menos: quem mora em uma cidade grande como São Paulo, troca em média 200 vezes a marcha por hora. Além de diminuir o desgaste físico, esse tipo de tecnologia quebra menos e com algum cuidado chega a ter o consumo de combustível bem próximo ao dos veículos com sistema mecânico.
Apesar de toda comodidade que o câmbio automático traz aos motoristas, é necessário tomar alguns cuidados com seu uso. Isso porque, dependendo do modelo de carro e dos reparos que precisarem ser efetuados caso haja algum problema, os custos do conserto podem variar de R$ 4 mil a R$ 30 mil.
Existem vários tipos de câmbio com diferentes gerenciamentos e é possível que algumas dicas não se apliquem ao modelo do seu carro, porém ter atenção a estes itens pode evitar gastos significativos.
Quando trocar o óleo?
Grande parte das panes se deve a vazamentos descobertos tardiamente. Leia o manual para fazer a correta verificação, atente para o fato que existem análises com o motor ligado e desligado. Se tiver que completar o reservatório, obedeça religiosamente à especificação do óleo recomendada no manual. Lembre-se que nível baixo é indício de vazamento.

Nos veículos mais antigos os manuais recomendam a troca de óleo a cada 40 mil quilômetros (km) ou três anos, em outros modelos a cada 80 mil km e, apesar de polêmico, existem carros para os quais não se recomenda a troca (eu trocaria). Consulte o manual e procure realizar este serviço em uma oficina especializada, porque será necessário substituir um kit contendo vedadores e o filtro.
Não queira economizar, o preço do litro de óleo varia entre R$ 35,00 e R$ 95,00 e este é um serviço para especialistas. Uma troca mal feita pode causar grandes prejuízos. Se for comprar um carro usado automático, com mais de 50 mil km rodados, não se esqueça de solicitar as notas fiscais da troca.
Quem nunca trocou o óleo da transmissão automática e resolve fazê-lo com mais de 80 mil km poderá ter problemas.

Cuidado com a posição N (neutro) da alavanca
A maioria dos modelos automáticos possui um sistema de lubrificação interna que é limitado quando a alavanca esta posicionada no N (neutro). Se o carro estiver parado, não há problema, mas com o veiculo andando, as rodas movimentarão o câmbio, que estará sem lubrificação adequada, o que pode causar danos em longo prazo, alerta Edson Faria, especialista da oficina Câmbios Faria.

Se o motor estiver desligado, não haverá lubrificação, por isso não se pode rebocar pela frente um carro automático de tração traseira. Na dúvida, é melhor solicitar um guincho tipo plataforma.
Luz de advertência do câmbio
Preste bastante atenção a ela. Quando a luz de advertência acende é sinal que existe um problema sério, que não deve ser menosprezado nem deixado para depois. Geralmente o câmbio entra em regime de emergência e nesta situação a transmissão funcionará parcialmente. Pare o carro e solicite um guincho para a oficina. Para diagnosticar o problema será necessário que a oficina possua equipamento de diagnóstico com o software específico para aquele modelo de caixa de transmissão.

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